quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

                                                        Ás quintas ( duas vezes por mês)

Boa noite, Neste espaço que a mim foi proposto pela administrador do blog, vou escrever um pouco das minhas historias. Tudo que vou contar aconteceu comigo, são historias verídicas mas de outros tempos.
Nos meus tempos a vida não era fácil, nos dormíamos em camas de madeiras e os colchões eram feitos de colmo (ao sacudir a palha do centeio ficava o colmo), Com apenas 7 anos ás 5 da manhã tinha que estar a pé para sair com o gado para o monte, as oito, oito e meia, eu e o meu irmão regressávamos para ir para a escola e ao chegar a casa comíamos o caldo que esta a aquecer no potinho com o caldo da noite anterior, ou melhor como o meu irmão chamava a lavadura velha (" Lá esta a p*** da lavadura velha a aquecer, para o burro comer para ir para a escola"), no fundo era um caldo preto feito com feijões,couves e agua, e levava uma colher de pingo de porco, era o nosso azeite, nesse momento já a nossa mãe fazia um novo caldo para os trabalhadores que trabalhavam no monte. Cerca das 10 horas eles vinham comer e voltavam pelas 3 da tarde para comer uma cebola com sal e bocado de agua pé, porque o vinho era para vender, raramente eu bebia vinho mas quando tinha gente em casa provava, o meu pai mandava sempre o meu irmão ir buscar o vinho:
- António vai ao vinho, para estes amigos. Ao ir buscar bebíamos e trazia agua pé para eles, e ai o meu pai berrava.-António enganaste-te isto não é vinho! E porrada em cima.



Uma pequena HISTORIA DE OUTROS TEMPOS.
                                                                                                                                    Laurinda Neves




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